Visibilidade Lésbica e Reprodução: Vamos falar sobre dupla maternidade?

Agosto é o Mês da Visibilidade Lésbica um período importante para fortalecer vozes, compartilhar histórias e, principalmente, garantir que direitos e possibilidades sejam reconhecidos. No contexto da reprodução assistida, essa visibilidade também é essencial: mulheres lésbicas muitas vezes enfrentam barreiras, desinformação ou até mesmo constrangimentos na hora de formar uma família.

Neste artigo, queremos conversar sobre temas que fazem parte da jornada de muitas mulheres: a dupla maternidade, a amamentação compartilhada e o método ROPA.

dupla materDupla maternidade: o desejo de formar uma família com amor e acolhimento

Dupla maternidade é o termo usado para se referir a famílias formadas por duas mulheres que desejam ser mães. Esse modelo familiar é tão legítimo quanto qualquer outro, mas ainda pode encontrar desafios quando o assunto é acesso à informação e acolhimento em clínicas de fertilidade.

Hoje, graças aos avanços da reprodução assistida, é possível viabilizar a maternidade para casais homoafetivos femininos por meio de tratamentos como a inseminação intrauterina (IIU), a fertilização in vitro (FIV) e, especialmente, o método ROPA, que explicamos mais adiante.

O primeiro passo é sempre o mesmo: buscar uma clínica que respeite, acolha e entenda as particularidades de cada casal.

Amamentação compartilhada: quando duas mães nutrem com o corpo e o afeto

A amamentação compartilhada é uma possibilidade real para casais de duas mães. Nela, não apenas a mãe gestante pode amamentar, mas também sua parceira mesmo que não tenha passado pela gestação.

Isso é possível graças a um processo chamado indução à lactação, que pode ser feito com orientação médica e acompanhamento. O processo pode envolver uso de medicações, estímulo com bomba extratora e muita paciência. Mas os resultados costumam ser gratificantes: vínculo emocional, compartilhamento do cuidado e a chance de ambas participarem ativamente do início da vida do bebê.

Método ROPA: duas mães, um só projeto de vida

ROPA é a sigla para 'Recepção de Óvulos da Parceira'. É uma técnica de fertilização in vitro exclusiva para casais formados por duas pessoas com útero e ovários, que permite que ambas participem biologicamente da gestação.

Funciona assim:

  • Uma das mulheres fornece os óvulos;
  • Esses óvulos são fecundados com sêmen de doador;
  • O embrião gerado é transferido para o útero da outra mulher, que será a gestante.

O método ROPA é um símbolo de parceria e conexão. Permite que ambas as mães estejam diretamente envolvidas na construção dessa nova vida uma com a carga genética, outra com a experiência da gestação.

É preciso estar casada para realizar o ROPA?

Sim. Pela regulamentação atual do Conselho Federal de Medicina, o método ROPA só pode ser realizado em casais oficialmente casados ou com união estável registrada em cartório, já que envolve o compartilhamento de gametas.

Visibilidade também é acesso

Falar sobre tudo isso é dar visibilidade a possibilidades reais de maternidade para mulheres lésbicas. Visibilidade é mais do que representatividade: é garantir que essas mulheres tenham acesso digno, seguro e respeitoso aos caminhos para realizar seus projetos familiares.

Aqui no Beta, acreditamos que toda família nasce do desejo de amar, cuidar e construir juntos. E estamos aqui para tornar isso possível  com acolhimento, informação e respeito à diversidade.

 


Categoria: Blog

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