Preservando a fertilidade da pessoa trans

O Brasil tem cerca de 4 milhões de pessoas transgêneros e não-binárias. Nos últimos anos o número de cirurgias de adequação sexual teve crescimento expressivo, principalmente por conta de a ANS tê-las incluído no rol de procedimentos cirúrgicos liberados para os planos de saúde.

O tema da parentalidade e novas configurações de famílias vem sendo cada vez mais discutido e entendido pela sociedade. O fato de ser trans não anula o possível desejo da a pessoa ter o desejo de construir sua família e ter filhos.

Por isso, é importante pensar na preservação da fertilidade, antes mesmo de iniciar o processo de afirmação de gênero com os hormônios, para que após a transição, ainda tenha a possibilidade de ter filhos através dos tratamentos de reprodução humana assistida.

Isso porque esse processo tem ação direta na qualidade do material biológico reprodutivo, reduzindo a fertilidade da pessoa que está realizando o procedimento de transição.

A mulher trans pode efetuar o congelamento do sêmen, e assim preservar seu material biológico, para caso queira ter filhos no futuro, caso deseje.

Por sua vez, o homem trans pode realizar o congelamento de óvulos através do método de vitrificação e também preservar a sua fertilidade.

 

Possibilidades de engravidar naturalmente

Primeiro é importante ressaltar que o tratamento hormonal para afirmação de gênero não causa a infertilidade instantânea. Para quem não pretende ter filho no momento, é importante utilizar métodos contraceptivos.

Já para quem está buscando engravidar, no caso de homem trans, é importante suspender a utilização do hormônio e estar em uma relação com um homem cis ou com uma parceira que tem pênis e esteja confortável para praticar a penetração.

Quando se tratar de mulher trans, também é necessário interromper o tratamento hormonal e estar em uma relação com uma mulher cis ou homem trans que não tenha feito a cirurgia de adequação, retirando o útero por exemplo.

 

Tratamentos de reprodução assistida

Quando as opções de engravidar naturalmente não se adequarem, as clínicas de reprodução humana podem possibilitar a realização do desejo de ter filhos através da Fertilização In Vitro. Por isso a importância do congelamento do material biológico reprodutivo, que neste momento poderá ser utilizado para realizar o tratamento.

A Fertilização In Vitro (FIV) consiste na extração dos óvulos para realizar a fertilização em laboratório e, em seguida, realizar a transferência do embrião resultante para a cavidade do útero.

É considerada uma técnica complexa, pois requer a realização de uma punção ovariana transvaginal para a aspiração do líquido folicular e identificação dos óvulos, sendo esta punção realizada com sedação leve.

Existem duas modalidades básicas de fertilização in vitro: FIV convencional e a FIV com injeção de espermatozoide (ICSI). O sêmen e ou óvulos podem ter origem de doadores, assim como os embriões, quando o caso assim exigir.

Para saber mais sobre a FIV, baixe nosso Infográfico - ETAPAS DA FIV.

 

Registro da criança

O registro da criança era uma tarefa árdua para pessoas trans. O processo judicial era obrigatório e durante este processo, a criança não poderia ter nome, entrar no plano de saúde e nem mesmo ser matriculada em uma escola. Além disso, tanto mães quanto pais não tinham direito à licença parental.

 

Agora, todos os casais brasileiros, hétero ou homoafetivos, que precisem recorrer a algum método de reprodução assistida para ter filhos, estão livres das burocracias e poderão ser atendidos no Cartório do Registro Civil das Pessoas Naturais, assim como qualquer outro casal que tenha filhos de forma natural.

  

Conte com o Projeto Beta para auxiliar na realização desse sonho e construção da família.


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