Entenda como funciona a Estimulação Ovariana
Diagnóstico Clínico
A investigação da possível causa de infertilidade é o primeiro passo para quem está tentando engravidar e não obteve êxito. A consulta com o médico especialista e a realização de exames são imprescindíveis para uma análise completa e um diagnóstico mais assertivo. Até mesmo nos casos de casais homoafetivos, os quais em geral não apresentam problemas com sua fertilidade individual, mas que deverão utilizar as soluções oferecidas pelos tratamentos de reprodução assistida para poderem ter seus filhos e assim garantir a parentalidade.
Por quê é necessária a Estimulação Ovariana?
A estimulação ovariana tem o objetivo de aumentar as chances de sucesso nos tratamentos de Reprodução Humana Assistida. Tanto na Fertilização In Vitro (alta complexidade), como também na Inseminação Artificial e no Coito Programado (baixa complexidade), os medicamentos que estimulam a ovulação podem aumentar as taxas de sucesso e garantir um melhor controle e administração do processo de desenvolvimento folicular e até mesmo do momento de ovulação.
O tipo, a quantidade e o número de aplicações do medicamento a ser utilizado na estimulação, depende do protocolo adotado pelo médico, o qual será o mais indicado para o caso de cada paciente. A Mini-FIV, por exemplo, nada mais é do que o tratamento de Fertilização In Vitro com aplicação de quantidade menor de medicamentos na estimulação. Este protocolo normalmente é adotado em mulheres com idade avançada ou naquelas com baixa reserva ovariana, uma vez que nestes casos a estimulação com maior quantidade de medicamentos nem sempre será necessária já que é pequena a quantidade de folículos ovarianos disponíveis e consequentemente poucos óvulos a serem coletados.
Em geral, nos tratamentos de reprodução assistida de alta complexidade como a Fertilização In Vitro, a estimulação visa obter-se uma maior quantidade de óvulos maduros coletados, por isso o uso dos medicamentos em maior quantidade busca desenvolver maior quantidade de folículos ovarianos para aspiração. Quanto mais óvulos coletados, maior o número de embriões que podem ser gerados 'In Vitro' e preparados para posterior transferência para o útero da mulher. Lembrando que a última resolução do Conselho Federal de Medicina, limita em 8 a quantidade de embriões que podem ser gerados em laboratório, por ciclo de coleta com FIV.
Nos tratamentos de reprodução assistida ditos de baixa complexidade, a Inseminação Artificial e o Coito Programado, também é realizada a estimulação ovariana, porém nestes a quantidade de medicamentos é menor do que na FIV. Esta conduta se deve ao fato que não haverá coleta dos óvulos, mas sim a inseminação do espermatozoide no corpo da mulher por relação sexual programada ou por um ato médico (inseminação intra-uterina), sendo que nestes casos o processo de fertilização acontecera 'In Vivo'. Como em ambos os processos é impossível o controle de quantos embriões serão formados e posteriormente chegarão ao útero, a restrição no número de folículos formados através da administração de menor quantidade de medicamento durante a estimulação passa a ser o principal mecanismo deste controle, evitando-se assim gestações múltiplas indesejadas.
Como é feita a aplicação do medicamento para Estimulação Ovariana?
A estimulação é realizada com medicamentos injetáveis, por via subcutânea para desenvolver os folículos ovarianos que contêm os óvulos.
A primeira aplicação é realizada pela enfermeira na clínica, que ensina a paciente como realizar as aplicações posteriores, auto-aplicação, para que continue a estimulação em sua casa. Em geral, as aplicações são realizadas diariamente, podendo existir outros protocolos com dias específicos de aplicação.
No retorno, a resposta dos ovários é monitorada com ultrassons transvaginais periódicos, para verificar o tamanho, a velocidade de crescimento e o número dos folículos, o que permite ao médico ajustar doses, determinar momento de introduzir a aplicação de medicamentos (análogos do GnRH) para impedir a rotura precoce dos maiores folículos e finalmente definir o momento da punção destes folículos para a coleta dos óvulos.
Em resumo, entre 35 e 36 horas antes da punção dos folículos, um medicamento é aplicado por via subcutânea (HCG) para provocar o amadurecimento dos óvulos (trigger) e agendar este procedimento de coleta (aspiração folicular). Vale lembrar que programação só é possível pelo fato de que análogos do GnRH são administrados previamente para bloquear a hipófise e evitar que um ovulação prematura ocorra antes do momento escolhido para a punção.
Conheça o Projeto BETA e os tratamentos de Reprodução Humana
O Projeto BETA é uma clínica de Reprodução Humana Assistida que foi criada com o intuito de ampliar e democratizar o acesso dos casais aos tratamentos de infertilidade praticando preços acessíveis. Ao mesmo tempo realiza a conexão entre a clínica e um dos melhores laboratórios de reprodução humana da América Latina, o laboratório do Projeto ALFA (Aliança de Laboratórios de Fertilização Assistida).
Cadastre-se em nossa Palestra Online Gratuita para conhecer mais da clínica, tratamentos realizados e para tirar todas suas dúvidas com o médico especialista.
Para se cadastrar, acesse: https://www.projetobeta.com.br/eventos
Categoria: Infertilidade
Publicado em: 13/07/2022