Produção independente: entenda como funciona

 

Mesmo com todos os avanços sociais dos últimos anos, não é segredo para ninguém que a mulher ainda tem inúmeros desafios pela frente. Por outro lado, debates sobre pautas como a da maternidade e produção independente, têm sido mais abertos e flexíveis, quebrando velhos tabus. Para além das pressões sociais que ainda possam existir, dentro e fora de casa, felizmente há hoje um caminho mais favorável e de menor julgamento para que a mulher exerça o seu direito de escolher quando, como e com quem ela terá um filho.

Neste contexto atual, a figura feminina ganha mais liberdade para poder optar por não engravidar ou mesmo para ser mãe solo, a chamada produção independente. Na sequência desse texto, vamos te explicar o que significa isso, como a lei e a ciência permitem esse processo e quais são os tratamentos para realizar esse sonho da maternidade. 

 

 

O que é produção independente?

 

Na parte prática da explicação, a produção independente é o meio que as mulheres podem utilizar para engravidar sem a necessidade de contar com um parceiro sexual masculino. A mesma coisa vale para casais homoafetivos que sonham em ter seus filhos. E tudo isso é proporcionado graças aos avanços da ciência, da medicina e dos processos legais e éticos.

Sob o ponto de vista normativo, em 2017 o Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou uma resolução que garante que homens e mulheres possam ter bebês por meio de reprodução assistida sem a figura de um(a) parceiro(a) conhecido(a).

Para iniciar uma produção independente, o primeiro passo é buscar uma clínica de reprodução assistida como o Projeto Beta, para conduzir todo o processo e iniciar o tratamento de acordo com cada caso, seja ele inseminação artificial ou fertilização in vitro (mais à frente iremos explicar as diferenças entre eles).

Produção Independente: principais dúvidas

 

Bancos de sêmen são seguros?

 

Para ser mãe solo, a mulher precisa escolher com seu médico uma amostra de espermatozóides de um banco de sêmen antes de iniciar seu tratamento. O processo também costuma ser altamente seguro. Todos os doadores devem atender às regras vigentes no país para doação: idade maior que 21 anos e inferior a 40 anos, integridade física, mental e sanitária comprovadas e fertilidade confirmada por parâmetros normais da análise do sêmen.

 

Posso escolher as características do bebê?

 

Outra pergunta bastante recorrente é sobre a possibilidade da escolha das características do bebê por quem opta pela produção independente. Apesar da obrigatoriedade do anonimato dos doadores, alguns atributos podem sim ser selecionados. No Brasil, quando as clínicas buscam os bancos de sêmens, recebem de volta um catálogo numerado. Cada número corresponde a um doador anônimo e carrega consigo características como raça, tipificação sanguínea, peso, estatura, cores dos olhos, cabelo e pele, ocupação, religião e hobbies.

 

Posso escolher o sexo do bebê?

 

Sobre a escolha do sexo da criança, apesar de ser tecnicamente possível nos tratamentos de reprodução assistida, a prática é proibida no País. Vale lembrar que, além de ser anônima, a doação de sêmen e óvulos também não pode ser remunerada no Brasil. O problema é que essa última questão muitas vezes limita a variedade de amostras disponíveis. Não à toa, muitas mulheres brasileiras têm optado por buscar bancos de sêmen internacionais.

Além disso, os bancos estrangeiros disponibilizam uma gama mais vasta de informações sobre os doadores, como graduação, interesses, assuntos favoritos, signo e animal de estimação favorito. Em alguns dele, ainda é possível ter acesso a áudios com a voz do doador, fotos dele quando criança e em idade adulta, detalhes da silhueta de seu rosto e classificação de seu temperamento. Vale lembrar que estas características não serão obrigatoriamente observadas na criança, uma vez que esta é resultante de uma mistura das característica do homem e da mulher.

 

Quais são os tratamentos disponíveis na produção independente?

 

Quem escolhe a produção independente tem dois tratamentos possíveis de reprodução assistida para conseguir a sua gravidez: a inseminação artificial e a fertilização in vitro. É preciso entender, entretanto, que muito além da complexidade, o tempo, os preços, procedimentos e chances de sucesso de cada tratamento, a decisão entre a melhor alternativa para cada paciente está na boa orientação do médico especialista. É ele quem deve apresentar os caminhos mais assertivos e saudáveis para uma gravidez de sucesso, depois de realizar todos os exames e concluir ou não os diagnósticos da infertilidade. Abaixo vamos explicar como funciona cada tratamento.

 

Como funciona a inseminação artificial?

 

Na inseminação artificial, os espermatozóides são introduzidos diretamente no útero, por meio de um fino cateter. Por isso, o método é mais conhecido como inseminação intrauterina. O procedimento torna a viagem 'mais curta' para os espermatozoides e permite que somente aqueles com melhor qualidade cheguem à cavidade uterina e entrem na trompa para encontrar o óvulo que deverá ser fecundado.

Assim como ocorre para todos os métodos de baixa complexidade, no entanto, a inseminação depende do bom funcionamento das trompas uterinas para que a gravidez aconteça.

 

Como funciona a fertilização in vitro?

 

A fertilização in vitro, ou apenas FIV, é um tratamento que fertiliza os óvulos em um laboratório especializado, como o do Projeto Beta,  para depois transferir os embriões resultantes para o útero materno. Para realizar o procedimento, é feita a coleta dos óvulos da mulher e, nessa ocasião, se utilizam os espermatozóides de um doador, escolhido de um banco de sêmen.

Na maior parte dos tratamentos, essa fertilização acontece com a injeção de um espermatozóide em cada oócito (célula reprodutiva feminina) com a ajuda de microagulhas e um sistema de amplificação de imagem apropriado (fertilização in vitro com ICSI). Em alguns casos, a mesma fertilização pode ser obtida por um simples preparo e seleção de oócito e espermatozoides, que são colocados em um mesmo recipiente (plaqueta) e incubados juntos, para que dentro de 18 horas um espermatozóide penetre e fertilize o oócito espontaneamente (FIV convencional).

 

Homens também podem realizar produção independente?

 

Sim. Embora a procura masculina por produção independente seja menor e a complexidade maior, os homens que desejam um filho sem uma parceira podem recorrer aos tratamentos de reprodução assistida para realizar o sonho da paternidade. Para isso, vão precisar de duas doações: a de óvulos e a cessão temporária de útero para a gravidez (processo chamado de útero de substituição). 

Assim como no caso do banco de sêmen, a doação de óvulos também é feita de forma anônima no Brasil. Já no caso do útero de substituição, a doadora deverá ser parente de até quarto grau do paciente que busca o tratamento para ter um filho.



Dúvidas adicionais sobre produção independente

 

Neste artigo, explicamos resumidamente algumas questões recorrentes sobre produção independente. Caso você tenha alguma outra dúvida, nos chame no Whatsapp, clicando no botão localizado no canto inferior direito dessa página, e fale com a equipe Projeto Beta.


Categoria: Dúvidas

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  • Responsável Técnico:
  • Dr. Sidney Glina | CRM: 31191

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