6 hábitos que prejudicam a fertilidade

 

'Quando engravidar, eu paro de fumar'. 'Meu filho vai nascer e vou emagrecer para poder jogar futebol com ele'. 'Não vou beber cerveja enquanto estiver amamentando'. Certamente você já deve ter ouvido ou até dito uma das frases do início desse texto. De fato, muitas mães e pais conseguem alterar seus hábitos quando trazem seus filhos ao mundo. O que muita gente não sabe é a importância de mudar seus hábitos antes mesmo da gravidez, visando um melhor cuidado com o corpo e assim preservar sua fertilidade.

 

Mulher fumando

 

Se muitas vezes o estilo de vida desregrado pode trazer riscos para a mãe e para o bebê durante a gestação, para outras pessoas os hábitos ruins para a saúde ajudam a diminuir ou até inviabilizar a chance de realizar o sonho de ter um filho. Sendo assim, é preciso ficar alerta para preservar sua fertilidade, principalmente neste contexto especialmente sensível trazido pela pandemia, que pode desencadear práticas pouco saudáveis no estilo de vida das pessoas.

Antes de falarmos sobre hábitos que ajudam ou prejudicam a fertilidade, vamos entender o significado desse termo.

 

O que é fertilidade? Qual sua relação com a saúde?

 

Na prática, a fertilidade é a capacidade que o nosso corpo tem de gerar células reprodutivas saudáveis (óvulos ou espermatozóides), que em contato com as células do sexo oposto dão origem ao embrião de uma nova vida. Por isso, manter um bom nível de fertilidade muitas vezes está atrelado com o bom estado de saúde das pessoas.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o cuidado pré-concepcional é 'o fornecimento de intervenções biomédicas, comportamentais e sociais de saúde para mulheres e casais antes que ocorra a concepção'. Na prática, o objetivo é modificar comportamentos que podem afetar a saúde da mãe e do bebê no futuro, como tabagismo, excesso de álcool, dietas pobres em nutrientes, obesidade, entre outras questões de ordem física e mental.  Abaixo, listamos alguns dos hábitos que podem prejudicar a fertilidade. Confira:

 

Comer demais (excesso de peso)

 

O peso acima do ideal interfere no ciclo hormonal da mulher e é um fator prejudicial à fertilidade, limitando as chances de gravidez. Para pacientes obesas que desejam engravidar, a recomendação geral é emagrecer, mas devemos levar em conta a reserva ovariana e até que ponto o relógio biológico pode aguardar esse processo de emagrecimento no tempo. O problema é que em alguns casos, apenas a perda de peso pode fazer com que as dificuldades para engravidar possam ser revertidas.

Nos homens, o excesso de peso altera as taxas de dois hormônios importantes, reduz o nível de testosterona e aumenta o de estradiol, o que compromete a produção de esperma. Além da obesidade prejudicar o ciclo hormonal, estudos apontam que aqueles com sobrepeso têm maior índice de fragmentação do DNA do espermatozóide, o que pode gerar falha na fertilização.

 

Sedentarismo

 

Pessoa sedentaria mexe no celular

 

Infelizmente, a maior parte dos brasileiros é sedentária a partir da adolescência. O último estudo do IBGE sobre o assunto mostra que 62,1% das pessoas com mais de 15 anos não praticam nenhuma atividade física no País. Para as mulheres, diretamente ou indiretamente, o sedentarismo pode gerar um desequilíbrio metabólico e hormonal, o que influencia o ciclo menstrual e consequentemente a ovulação.

Nos homens, a falta de atividade física pode afetar o fluxo sanguíneo e a chegada de oxigênio no sistema reprodutor. Quando realizados de forma moderada, exercícios físicos aumentam a oxigenação tecidual e melhoram a qualidade do espermatozóide.

 

Alimentação ruim

 

Provocada por dietas inadequadas, restrições alimentares ou um cardápio pobre em nutrientes, a deficiência em vitaminas e minerais prejudica o sistema imunológico e também resulta em um mau desempenho do organismo, consequentemente alterando o bom funcionamento das células do sistema reprodutivo.

Mulheres que se alimentam de forma desequilibrada correm o risco de prejudicar a formação natural de hormônios ou até mesmo parar de ovular. Nos homens, a má alimentação pode gerar espermatozóides de má qualidade em termos de concentração (quantidade) e motilidade (capacidade de movimentação essencial para o encontro com o óvulo). Por isso, é importante incluir no cardápio uma boa variedade de frutas, legumes e vegetais, além de alimentos ricos em ômega 3 e selênio.

 

Poucas horas de sono

 

Homem tem insônia em sua cama

 

Dormir menos de 8h por dia ou ter a qualidade do sono afetada por algum motivo também pode atrapalhar a fertilidade de homens e mulheres. O problema promove alterações metabólicas e prejudica o ambiente hormonal necessário para o bom funcionamento do sistema reprodutivo em homens e mulheres.

Conhecido como o hormônio do sono, a melatonina tem ação antioxidante e é essencial para o processo reprodutivo. Nas mulheres, por exemplo, ele ajuda na maturação e qualidade do óvulo, favorecendo a fertilização. Homens que dormem pouco, também podem ter uma contagem mais baixa de espermatozóides.

 

Tabagismo

 

Não é segredo para ninguém que o hábito de fumar cigarros é altamente prejudicial para a saúde. O que muita gente talvez não saiba é que ele também pode afetar bastante a capacidade reprodutiva de homens e mulheres. Um estudo recente da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva (ASRM), por exemplo, mostra que fumantes têm três vezes mais chances de sofrerem de infertilidade quando comparados  com pessoas que não fumam.

Na mulher, o hábito de fumar pode causar a diminuição do nível de estrogênio e da reserva ovariana, ausência de menstruação, diminuição da taxa de ovulação e até menopausa precoce, entre tantos outros impactos. Nos homens, o tabaco pode alterar o volume do sêmen e prejudicar diretamente a qualidade dos espermatozóides.

 

Excesso de álcool e drogas

 

Homem consumindo drogas e bebidas

 

No homem, o alto consumo de álcool reduz os níveis de testosterona, além da qualidade e quantidade de espermatozóide. Já nas mulheres, pode afetar a produção hormonal, afetar as características sexuais e suspender a ovulação ou a qualidade dos óvulos.

O uso de drogas lícitas ou ilícitas também pode causar problemas de fertilidade tanto em homens quanto em mulheres. As substâncias químicas presentes nas drogas atuam de diferentes formas no organismo e, em diversos casos, pode provocar distúrbios que impedem ou dificultam a reprodução.

O uso de alguns medicamentos também pode causar alterações que atrapalham o bom funcionamento do sistema reprodutivo, desde antidepressivos, antibióticos e até mesmo a finasterida (prescrita para o combate à calvície). Além disso, a ingestão de anabolizante também pode desregular a produção dos hormônios responsáveis por atuar na fertilidade.

Se atentar aos hábitos que podem prejudicar a fertilidade é importante em qualquer momento da vida e mais ainda para as mulheres em seus 35 anos ou mais.

Se você mantém hábitos saudáveis e mesmo assim não consegue engravidar, entre em contato conosco para tirar todas as suas dúvidas, clicando no botão de Whatsapp, localizado no canto inferior esquerdo da tela. O Projeto Beta possui um corpo médico multidisciplinar, reconhecidamente preparado para auxiliar individualmente cada paciente e indicar o melhor tratamento para que você realize o sonho da maternidade e da paternidade.

 

Dr. Rodrigo Sabato Romano

 


Categoria: Comportamento

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